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Psicóloga clínica que realizou por 10 anos atuação na Saúde mental da PBH e atualmente dedica aos atendimentos particulares. Participa de artigos nas Revistas Vox objetiva e Tendência Inclusiva. Realiza palestras e entrevistas na mídia impressa e televisiva.

sábado, 29 de outubro de 2011

ENTENDENDO A DIFERENÇA ENTRE SONHOS E FANTASIAS

Qual será a diferença entre Sonhos e Fantasias?

Por Maria Angélica Falci
Considero que os Sonhos e as Fantasias estão separados por uma preciosa e muitas vezes ignorada linha chamada Realidade. Os sonhos nos movem pela vida a fora... Impulsionam a prosseguir e atingir metas, alimentam o espírito e nos dão estímulos para viver. Mas, quando estão alienados da realidade e do que concretamente podemos realizar, tornam-se fantasias e, como tais, minam nossos pensamentos e atitudes, enfraquecem nossa percepção de vida e se transformam em fonte contínua de sofrimento.
De acordo com George Santayana, “...A vida desperta é como um sonho sob controle”. 
Crescer e amadurecer têm haver com sonhos mas não estão relacionados com as fantasias. Se você ainda se encontra preso às metas ou aspirações da infância, ao poder sem limite do basta querer, se ainda insiste em fazer devaneios como um meio de fugir das frustrações, se não aceita que muitos desejos não se realizarão, pelo menos do modo como imaginou, você vive em um mundo de fantasias.
Nas fantasias: Os desejos podem sempre se  tornar realidade. O mundo do faz-de-conta pode ser a solução mágica para quem não quer crescer. 
Nesse mundo, eu posso crer no "viveram felizes para sempre...", nesse mundo "tudo sempre terminará bem..."
Mas, se é tão bom esse mundo de fantasias
por que não funciona para todo o sempre? Porque mais cedo ou mais tarde caímos ou temos a sensação de um soco no estômago...
A resposta está no inevitável contato com o real. A vida sempre nos colocará para realizar o teste da realidade. A primeira etapa do teste é lidar com as frustrações, aceitando que só desejar não realiza o que queremos. Depois, para não sermos reprovados é necessário aprender a criar objetivos possíveis e assumir compromissos verdadeiros e concretos e que respeitem nossas limitações.

 



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