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Psicóloga clínica que realizou por 10 anos atuação na Saúde mental da PBH e atualmente dedica aos atendimentos particulares. Participa de artigos nas Revistas Vox objetiva e Tendência Inclusiva. Realiza palestras e entrevistas na mídia impressa e televisiva.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Tendência Inclusiva

Novos Artigos > Revista Virtual:
Tendência Inclusiva
                                          
             
A BUSCA DA PERFEIÇÃO
13-Nov-2014
Coluna Maria Angélica Falci

Sabemos que a busca da perfeição é uma idealização humana, mas nos dias atuais tomou uma dimensão exacerbada.

Muitas pessoas em busca de uma perfeição acirrada e muitas vezes o que acontece é um encontro com as frustrações / decepções e até mesmo com as `lesões` mediante tantos procedimentos estéticos.

Muito interessante quando uma pessoa apresenta autoestima adequada e melhor ainda se conciliada com o autocuidado, pois não há nem um mal em se cuidar e principalmente se AMAR. O problema surge quando inicia-se um processo subjetivo fora da realidade, quando uma pessoa não mede esforços e consequências para “melhorar “esteticamente.
É uma tônica muito crescente, pois muitos jovens já desejam resolver suas “imperfeições” de forma descriteriosa e quando mais cedo melhor. Estão até mesmo obsessivos com estes objetivos, pois não estão conseguindo lidar com o que não apreciam em si. Ao invés de uma melhor consolidação de sua identidade e autoestima estão movidos pelo superficial e aparente. Um mal sinal!

Saliento a importância das pessoas entenderem que a maioria dos processos rápidos e aparentemente fácil não apresentam sustentação, ou seja, não adiantará atropelar fases, melhorar o aparente se o íntimo e subjetivo não estiver em plena organização e sintonia com as reais potencialidades humanas.

Considera-se potencialidades humanas uma pessoa bem estabelecida emocionalmente, quando ela se constrói com amor próprio, com valores bem firmados e principalmente com o senso real de respeito consigo mesmo e com o próximo.

Melhorar o estético e se sentir “perfeito” sem ter uma boa estruturação emocional poderá trazer muitas consequências, tais como: sentimentos de superioridade, autossuficiência, narcisismo alavancado, prepotência que de certa forma pode até mesmo destruir relacionamentos importantes, tanto na esfera afetiva como profissional.

Portanto, melhor construir um bom emocional do que estético em primeiro lugar. Sabemos que a boa imagem tem seus benefícios, mas precisa avançar no momento adequado e de preferência de mãos dadas com uma boa construção de sua parte psíquica.

Vamos sim em Busca da Saúde Emocional e Física, mas sem atropelamentos por favor! 

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Amar Demais - Excelente Matéria de Cássio Teles / Revista VOX

Amar demais

por Cassio Teles

Especialistas discutem a codependência afetiva: um problema grave que nem sempre recebe a atenção devida (Foto:Shutterstock)
Os dilemas e conflitos internos das ‘Mulheres de Atenas', apresentados na canção de Chico Buarque e Augusto Boal, retratam a vida de absoluta dedicação e doação das atenienses da Grécia Antiga aos seus maridos e filhos. Os versos lançam luz sobre um problema que persiste ainda na chamada pós-modernidade - período marcado pela liquidez de relacionamentos e pelo desapego.

Mulheres de todas as idades e classes sociais, de donas de casa a profissionais brilhantes, mergulham em relacionamentos tidos como doentios. Elas vivem em constante falta de respeito mútuo e, sobretudo, por si. São tidas como as ‘mulheres que amam demais'. A expressão que surgiu em 1985, com o lançamento do livro da psicóloga e terapeuta familiar americana Robin Norwood. Ela traçou um comportamento comum entre mulheres que se envolviam afetivamente com dependentes químicos. Esses relacionamentos foram denominados de ‘codependência'.

Foi depois de ler o livro de Robin que uma dona de casa belo-horizontina, que pediu sigilo, percebeu a necessidade de ajuda. Ela procurou auxílio num grupo formado por mulheres que apresentam sintomas da codependência. Lá, todas são orientadas a seguir 12 passos, adaptados do grupo Alcóolicos Anônimos, para se recuperar. "Eu cheguei ao grupo buscando em relacionamentos a validação pessoal. Isso é errado. Eu queria que o outro me desse aquilo que eu não tinha, no caso, a autoestima. Com a leitura e o compartilhar nas reuniões, praticando a programação de 12 passos, a gente vai aprendendo a se gostar e a se aceitar como é. Aprendemos também a conviver com pessoas saudáveis", revela. Após a separação, que envolveu traição do companheiro, a dona de casa, de 55 anos, teve dois relacionamentos frustrados com "pessoas indisponíveis", segundo ela. Hoje, ela vive uma nova etapa da vida. Está namorando há quase dois anos.

Para a psicoterapeuta Marisa Sanábria, relacionamentos que envolvem pessoas fragilizadas são um vícios igual aos outros. "Esse tipo de relacionamento se caracteriza por uma impossibilidade de um escolher coisas boas para si. São relacionamentos construídos a partir de uma baixa autoestima, de uma falsa percepção de que a pessoa não tem direitos, que não pode fazer escolhas e, principalmente, de que ela não pode ser feliz. São relacionamentos atormentadores", explica a psicoterapeuta coordenadora da Comissão de Mulheres e Questões de Gênero do Conselho Regional de Psicologia.
Hoje a dona de casa ouvida pela reportagem da Vox Objetiva se considera uma pessoa em paz consigo e contente com a vida. "Eu era uma pessoa muito insatisfeita, muito infeliz e não valorizava nada da vida . Hoje, graças a Deus, mudou muito. Eu agradeço a vida que eu tenho e o que eu sou". Mãe de três filhas e avó de um neto, ela participa do grupo de apoio em Belo Horizonte desde 2003 e acredita que a recuperação passe pelo suporte encontrado nas reuniões.

De acordo com Sanábria, fatores culturais, como o machismo e o preconceito contra mulheres sozinhas, são propulsores desse comportamento em que a mulher recebe, desde a criação, a missão de viver pelo outro, de ser uma esposa dedicada e uma mãe abnegada. "Por mais que a gente esteja na modernidade, no século XXI, esses traços do ‘eu me postergar em nome do bem-estar do outro' se mantêm em nossas mulheres. Existe uma dificuldade feminina em se colocar como prioridade. A partir daí, vai surgir uma relação de culpa muito difícil de ser suportada", explica. Além disso, para a psicoterapeuta, somado ao preconceito, traços muito femininos devem ser considerados: a fantasia do amor romântico e a ideia de que só é possível ser feliz por meio do outro.

J.M.B, de 55 anos, viveu por quase dois em uma relação marcada pela codependência. Após se separar e, segundo ela, ter vivido casamento saudável, a assistente social, à época com 51 anos, imaginava que todos os relacionamentos posteriores seriam uma reprodução da experiência acumulada. "Eu pensava que teria uma relação estável com os homens com os quais eu viria a me relacionar. Era isso que passava pela minha cabeça", lembra. No entanto, o tempo veio provar o contrário. Somaram-se três relacionamentos fugazes e um quarto, perene, mas, segundo ela, "terrível e triste". "Eu passei a gostar demais e me via presa a ele. Fiquei com um tipo de encantamento; uma coisa louca; uma paixão adolescente aos 50 anos. Penso que esse aprisionamento tenha acontecido por três motivos: primeiro, era a minha situação pessoal: eu estava muito desacreditada de mim mesma; segundo, ele é uma pessoa muito inteligente, muito politizada; e, em terceiro, sexualmente falando, ele era uma pessoa muito diferente das dos outros relacionamentos que eu tive antes. Eu me encantei com isso", explica.

Outro fator que contribuiu para que o relacionamento fosse elevado a outro patamar foi a situação frágil em que ele se encontrava: era um jovem estudante, imigrante, sem contatos e com vários problemas de ordem pessoal. Ao oferecer suporte, J.M.B. entendeu que o jovem acabaria ficando com ela. Mas a contrapartida da dedicação da assistente social foi algo inesperado. Rotineiramente, o namorado a magoava com ataques pessoais e via facebook. Não bastasse isso, o jovem mantinha relacionamentos secretos com outras mulheres. Os problemas do casal eram sempre relevados por ela pelo fato de gostar demais do parceiro. Foram muitas idas e vindas. Entretanto, o namoro não resistiu à descoberta da primeira traição comprovada. "A partir daí, eu fui me desencantando, nós fomos nos separando até que, em fevereiro deste ano, colocamos um ponto-final na história". Segundo J.M.B, a superação completa só veio quando ela começou a se relacionar com outro rapaz, também mais novo. A experiência com o namoro anterior contribuiu para o amadurecimento. "Hoje estou com esse rapaz. Agora eu estou curtindo a relação, mesmo estando gostando dele, mas é só brincadeira na minha cabeça. Não é um sofrimento; é uma coisa gostosa, leve. Eu não fico pensando: ‘Ai, será que esse menino vai ficar comigo?'", revela.

Histórias como a de J.M.B. são mais comuns do que é possível imaginar. Mas ao contrário dela, há quem não consiga se desvencilhar do ‘amar demais' de forma autônoma, tendo que procurar ajuda em grupos de apoio. O grupo Mulheres que Amam Demais Anônimas (Mada) se popularizou nacionalmente por meio da personagem Eloísa, vivida por Giulia Gan, na novela global ‘Mulheres Apaixonadas', de 2003. A personagem tinha ciúmes incontroláveis do namorado mais novo. Surtos aconteciam com a impossibilidade de a personagem ter filhos, o que trazia inseguranças em relação ao interesse do parceiro. Na trama, ela buscava ajuda no grupo para se recuperar.

Hoje, o Mada, que é restrito a mulheres, promove cerca de 50 reuniões semanais no Brasil. O grupo está presente em 11 estados e no Distrito Federal. Há grupos também em Portugal e na Venezuela. De acordo com a página do Mada na internet, as mulheres que frequentam as reuniões são recomendadas a não dar conselhos nem fazer críticas. Elas só podem falar de suas experiências e ouvir histórias semelhantes.

Além do Mada, existem grupos com o mesmo propósito, mas que abarcam toda a diversidade de gêneros. É o caso do Codependentes Anônimos (Coda), uma organização voltada para construção de relações saudáveis, promoção do autoconhecimento e ajuda no processo de reabilitação de pessoas com compulsão sexual. O grupo Dependentes de Amor e Sexo Anônimos (Dasa) é outra organização que abarca temas como codependência, inclusive o oposto, como anorexias sexuais, sociais e emocionais. Todos se baseiam nos 12 passos da superação pessoal.

Para Marisa Sanábria, a participação em grupos voltados para a recuperação de codependentes pode ser importante, mas não descarta o acompanhamento individual com um profissional. "Nós sabemos que essa é uma doença que precisa de tratamento. No caso das codependências, nós estamos falando de situações que geram muito sofrimento, em que as pessoas têm que ser ajudadas para poderem sair. E isso é feito com psicoterapias e acompanhamento. Eu não sei se esses grupos funcionam com terapeutas e se há um propósito de um enquadramento terapêutico. Se a gente se relaciona com um grupo e ele funciona, é porque nós nos identificamos, e temos, mais ou menos, o mesmo problema. Então isso produz uma ressonância", explica.

O psicanalista Rodrigo Pardini concorda com Marisa. Segundo ele, na maioria das vezes, quando pede socorro, a pessoa já passou por vários episódios de violência e fracassos nos relacionamentos. "Curiosamente, o doente sabe que precisa de ajuda, embora demore a buscá-la. Quando recebo uma pessoa assim em meu consultório, é porque já aconteceram brigas, casos extremos de violência, inclusive com o acionamento da polícia. Mas, em determinado momento, tudo é esquecido, e o relacionamento se mantém. O doente cria um invólucro para o parceiro não ir embora. Então, assim como os alcoólatras, que negam o vício, temos os codependentes e viciados em relacionamentos que só se dão conta de que estão doentes com o tempo", detalha. Pardini relata que o isolamento e a depressão são recorrentes. Há casos em que a família precisa intervir. "Chega a uma situação em que a pessoa só consegue enxergar o outro, pensar no outro, começa a enfrentar problemas no trabalho, liga o tempo todo e se separa, mas depois volta. Elas ficam com vergonha de contar para a família e se isolam, afastando dos amigos que, às vezes, as recriminam por reatarem o namoro, o relacionamento", arremata.

Com vasta experiência no atendimento a casais, em que um dos parceiros é codependente, a psicóloga e articulista da Vox Objetiva, Maria Angélica Falci, apresenta as possíveis consequências para o doente. "Há pessoas que agravam a baixa autoestima e se anulam; apresentam fobias sociais, depressões, surtos psicóticos, explosões passionais, obsessões e ciúme patológico", cita. A psicóloga entende que o primeiro passo para a recuperação é o desejo por romper o ciclo. "Há casos em que se consegue uma recuperação plena. Outros requerem uma manutenção constante. Mas é importante a consciência de que o melhor é sair de uma situação de risco que agride, acua e oprime a individualidade", alerta.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Novo Artigo- Montanha Russa



 






Vivemos muitas vezes numa montanha russa de sentimentos, mas aprender a estabilizar traz benefícios gigantescos. Então, que tal? Vamos aprender a cuidar da nossa mola mestra?

Leia o Novo Artigo e entenda melhor sobre nossas Emoções!!!

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

                              


Leia o Novo Artigo Barco Furado e saiba mais sobre as pessoas que constroem suas vivências baseadas em mentiras.
Clique em Artigos.

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Leia o Novo Artigo

Perseguidor de si

por Maria Angélica Falci
"Diariamente muitas pessoas relatam uma enorme preocupação com a forma como os outros vão pensar ou agir em relação a elas. Esses indivíduos sentem medo e ficam acuados com um simples olhar. Pessoas assim refletem uma forte insegurança e muito desconforto em diversas situações. Elas sentem receio de se expor e ficam aflitas apenas por imaginar que vão ter que se posicionar em determinados momentos".

#partedoartigo


domingo, 15 de junho de 2014

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Novo Artigo



Leiam em Artigos o novo artigo: A Guerra que não Evito 

"Por que muitas pessoas desejam viver a tão sonhada paz, e fazem o inverso? Por que tantos indivíduos dão um ‘tiro no próprio pé’? Escutamos muitos relatos, queixas e dificuldades quando observamos as pessoas do nosso convívio. Muitos se dizem focados em promover mudanças em suas vidas. Mas o que geralmente vemos é a fixação do indivíduo em zonas emocionais nas quais ele deseja  transformar. Entretanto, pouco ou nada se esforçam para isso.."

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Aspeger


Sindrome de Aspeger 

Sinônimos: Transtorno de desenvolvimento pervasivo - Síndrome de Asperger; Perturbação do espectro do autismo - Asperger
Hans Asperger rotulou esse transtorno como "psicopatia autista" em 1944. A causa exata é desconhecida. É mais provável que uma anormalidade no cérebro seja a causa da síndrome.Fatores genéticos podem desempenhar seu papel, pois o transtorno tende a existir na família. Não foi identificado nenhum gene específico.A síndrome de Asperger é um transtorno de desenvolvimento pervasivo (TDP) ou perturbação do espectro do autismo (PEA). A principal diferença entre a síndrome de Asperger e o transtorno autista é que a criança com a síndrome não tem atrasos na fala ou cognitivos. A condição parece ser mais comum em meninos do que em meninas. Embora indivíduos com síndrome de Asperger freqüentemente tenham dificuldade em termos sociais, muitos têm inteligência acima da média. Eles podem exceder em campos como programação e ciência computacional. Não há atraso no desenvolvimento cognitivo, na capacidade de cuidar de si mesmos ou em termos de curiosidade sobre seu ambiente.
A síndrome de Asperger é frequentemente considerada uma forma altamente funcional de autismo. Pode levar à dificuldade de interagir socialmente, comportamentos repetitivos e falta de jeito.
Geralmente, é necessário um médico com experiência em diagnosticar e tratar autismo para fazer o diagnóstico real. Como não há exame físico para síndrome de Asperger, o diagnóstico se baseará em critérios muito específicos de um certo manual médico.
A maioria dos médicos procura por um grupo central de comportamentos para ajudar a diagnosticar a síndrome. Esses comportamentos incluem:
  • ·         Contato visual anormal
  • ·         Indiferença
  • ·         Não responder quando é chamado pelo nome
  • ·         Não usar gestos para apontar ou mostrar
  • ·         Falta de interatividade
  • ·         Falta de interesse nos colegas

Os sintomas podem ser observáveis nos primeiros meses de vida. Os problemas devem ser óbvios aos 3 anos de idade.
Exames físicos, emocionais e mentais são realizados para descartar outras causas e para buscar sinais mais específicos dessa síndrome. A equipe que irá observar seu filho poderá incluir um psicólogo, neurologista, psiquiatra, fonoaudiólogo e outros profissionais especialistas no diagnóstico de crianças com síndrome de Asperger.
Observação Sistêmica Quando:
  • ·         Não responder às pessoas
  • ·         Falar de forma peculiar ou incomum
  • ·         Apresentar comportamento que possa levar à automutilação


quarta-feira, 26 de março de 2014

Sindrome de Munchhausen

                               


 Você sabe sobre a Síndrome de                                                                                           Munchhausen?

Leiam abaixo uma explicação sobre esta Síndrome que pode ter seu inicio na primeira infância, na relação Mãe / Bebê. Pais fiquem atentos com o excesso com seus Filhos.


O que é Síndrome de Münchhausen?
A Síndrome de Münchhausen é caracterizada pela produção de sintomas físicos pelo sujeito, de forma intencional, para que receba tratamentos médicos. Entre as características da síndrome, podemos citar a mentira patológica e a peregrinação entre hospitais para receber tratamento médico.
O DSM – IV, o Manual Diagnóstico e Estatístico de Doenças Mentais, classifica a síndrome de Münchhausen no grupo de Transtornos Factícios e especifica a predominância de sintomas físicos. Para isso, estabelece os seguintes critérios de diagnóstico: A) produção ou simulação intencional de sintomas e sinais predominantemente físicos; B) o papel de doente é o que motiva o comportamento; C) ausência de incentivos externos para o comportamento (ganho econômico, fuga de responsabilidade legal ou melhora de bem-estar físico). Não pode ocorrer exclusivamente durante o curso de outra doença do eixo I, como a esquizofrenia.

Como se faz o diagnóstico?
O diagnóstico da Síndrome de Münchhausen é bastante complexo e exige atenção a detalhes para além dos critérios diagnósticos. É imprescindível que se conheça o histórico médico do paciente, onde podem ser encontrados dados como o número e os lugares de internação nos últimos anos, além dos motivos de saída do hospital, uma vez que grande parte dos pacientes nessa condição abandona o recinto contra orientação médica. Prestar atenção em alguns sinais pode ser bastante significativo, entre eles:
- Incompatibilidade das histórias contadas;
- Grande conhecimento da terminologia médica, sem se preocupar com as consequências das doenças a que se atribui (belle indiférence);
- Comportamentos autodestrutivos;
- Presença dos sintomas sem a doença de base;
- Dificuldade de responder aos tratamentos médicos adequados para o quadro físico;
- Resposta aos tratamentos de placebo;
- Exacerbação dos sintomas quando o paciente sabe que está sendo observado.
É importante ressaltar a semelhança das características com alguns sintomas de adoecimento psicótico, como a esquizofrenia. Todavia, é marcante na Síndrome de Münchhausen a ausência de sintomas psicóticos, o que facilita o diagnóstico, sem descartar a possibilidade de associação da condição de transtorno de personalidade, como Borderline.

Quais são os tratamentos possíveis?
O principal objetivo de qualquer tratamento para a Síndrome de Münchhausen é evitar os danos decorrentes de procedimentos médicos que não são necessários ao paciente. Além disso, o tratamento deve objetivar o estabelecimento de algum tipo de relação terapêutica, apesar de não existir ainda um consenso acerca da melhor abordagem psicológica para esse problema. O acompanhamento psiquiátrico é extremamente relevante nesses casos.
A observação cuidadosa e o esforço para compreender o diagnóstico são imprescindíveis. Assim, é importante ressaltar o caráter humano da formação da equipe médica para acolher pacientes com a síndrome de Münchhausen, uma vez que muitos desses pacientes são confundidos com mentirosos, simuladores. Nesses casos, no lugar de ajudar o paciente, a equipe acaba estabelecendo relações aversivas e, em alguns casos, chega a processar o paciente legalmente ou a puni-lo com atendimento de baixa qualidade e desumano. A melhor opção é sempre evitar o confronto, permitindo que o paciente conheça sua situação gradualmente, visando à cooperação e à aceitação do tratamento. É preciso que o paciente compreenda que sua situação não é física, mas psíquica, para que as chances de aderir ao tratamento aumentem. O uso de antidepressivos e outros medicamentos parece ser eficaz apenas nos casos em que há um transtorno afetivo concomitante.

Como saber mais?
O seriado House apresentou por oito temporadas o cotidiano de um médico dentro de um hospital lidando com enigmas diagnósticos. Entre esses, o nono episódio da segunda temporada – “A Decepção” (Deception) – apresentou um caso de Síndrome de Münchhausen que pode ser bastante ilustrativo sobre as condições e a relação que os pacientes estabelecem com o sistema médico e o tratamento.
É importante lembrar que, em alguns casos, a Síndrome de Münchhausen pode se estabelecer na relação mãe-bebê, dessa forma, a mãe provocaria sintomas no filho para que depois pudesse buscar tratamento. Nesses casos, trata-se da Síndrome de Münchhausen por Procuração, justamente quando a doença é provocada em outra pessoa próxima, na maioria das vezes, os próprios filhos. Nesses casos, é importante o afastamento imediato da mãe para tratamento e da criança para que receba cuidados específicos. Sobre esse assunto o Discovery Home&Health lançou, em 2011, a série de documentários “Minha Mãe, Minha Assassina” (Münchhausen Moms) que conta a história de mulheres com esse padrão de comportamento.

Juliana Spinelli Ferrari
Colaboradora Brasil Escola
Graduada em psicologia pela UNESP - Universidade Estadual Paulista
Curso de psicoterapia breve pela FUNDEB - Fundação para o Desenvolvimento de Bauru
Mestranda em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pela USP - Universidade de São Paulo

terça-feira, 11 de março de 2014

                          
Seria interessante abrirmos a mente e percebermos como olhamos as pessoas.
Por que cada vez mais prevalece o julgamento sobre o outro e a percepção do individualismo? As pessoas precisam se enquadrar em um modelo de perfeição inatingível como se fossem ‘deuses gregos’ na Terra? Em busca de idealizações fantasiosas, esses indivíduos podem agredir o outro com observações grosseiras, falas que machucam ou simplesmente com o olhar.
Veja o Novo Artigo: O nosso Olhar de Cada dia. Revista VOX